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quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A esperança das três taças persiste, mas é preciso melhorar


Por Diego Aquino

Um jogo tosco. Se tivesse que definir a atuação do Palmeiras, ou mesmo o que foi a partida no Mineirão, talvez passasse algumas horas para encontrar melhor predicado. Não que se esperasse pressão ofensiva e o comum abafa na saída de bola dos tempos de Roger Machado, ou ainda, que se esperasse infiltração dos meias e a quebra das linhas com dribles como Keno costumava fazer, o Scolarismo não se define assim. E o Scolarismo não foi suficiente para que o Palmeiras superasse a sua primeira grande barreira na temporada.
Esperava-se jogo estudado nos primeiros minutos que gradativamente evoluísse para entendimento e domínio das ações por parte do Palmeiras, com o Cruzeiro bloqueando os espaços e tentando encontrar a bola do contra-ataque. O Cruzeiro encontrou esta bola quando o time ficou desbalanceado com as saídas precipitadas de Dracena, e por que não, de Weverton que poderia esperar a definição de Barcos no lance do gol cruzeirense aos 27 do primeiro tempo. Já o Palmeiras, em nenhum momento teve a agressividade, nem tampouco, domínio das ações do jogo e permanecia “encaixotado” nas linhas compactas e de pouquíssimos espaços da competente defesa de Mano Menezes.
O Palmeiras errava em demasia com Marcos Rocha e Diogo Barbosa na saída de bola, e com Bruno Henrique que não fazia a transição e sobrecarregava Moises, obrigando-o a abandonar Borja para se juntar a linha de volantes. Com isso, o primeiro tempo palmeirense se resumiu “quebrar” bolas para que Borja a disputasse com a dupla de zaga bem posicionada e forte do Cruzeiro, obviamente ação improdutiva.
O problema da saída de bola e de aproximação tornou-se crônico no Palmeiras com Felipão, que procurando diminuir a exposição do time à contra-ataques, privilegia a ligação direta e o posicionamento quase estático em detrimento à pressão na bola no campo ofensivo, ocupação de espaço e triangulações.
No segundo tempo, Felipão promoveu as entradas de Guerra e Deyverson nos lugares de Bruno Henrique e Borja, recuando Moises para jogar na linha de volantes com Felipe Melo.
Com os lados bloqueados e a apagadíssima partida de Dudu, a entrada de Guerra objetivava dar celeridade ao jogo por dentro, e por mais que o venezuelano tenha jogando mal errando muitos passes, o lado esquerdo com William passou a ser mais acionado.
Previa-se que a entrada de Deyverson melhorasse o resultado da ligação direta caso Moises e Felipe Melo não conseguissem fazer a transição, e ainda, colocasse maior pressão na defesa cruzeirense. Mas a atuação de Deyverson foi discreta, exceto por um contra ataque que o próprio proporcionou à Robinho que imaturamente não matou o jogo para o Cruzeiro.
Crédito: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
No melhor momento palmeirense no jogo, e na única ocasião que o Palmeiras conseguiu sucesso às costas de Egídio (que nasceu para jogar no Cruzeiro , incrível!), saiu o escanteio que Dudu cobrou para o belo gol de Felipe Melo. Tento este, muito semelhante ao feito pelo mesmo contra o Bahia.
A partir de então Mano Menezes imediatamente reforçou o contra ataque cruzeirense com Sassá e elevou a média de altura da equipe com Bruno Silva, funcionou. O Cruzeiro voltou a controlar o jogo já que Felipão mesmo pressionado pelo resultado, não promoveu a entrada de meias como Lucas Lima ou Hyoran, e preferiu gastar a sua última troca com Jean na vaga de Moises. Substituição muito mais preocupada com o contra-ataque puxado por Sassa do que com a necessidade do gol da vitória.
Em 180 minutos de confronto o Palmeiras se viu fora de sua zona de conforto, precisando propor o jogo e criar os espaços. Por pouquíssimos minutos o Palmeiras foi superior, e por isto, mereceu a desclassificação que deve servir de alerta para ajustes finos que precisam ser promovidos no time “principal”, como a escolha por um zagueiro mais rápido do que Dracena e a entrada de um meia de criação. Mas sobretudo, o Palmeiras precisa encontrar o seu jogo de proposição, já que, possivelmente, encontrará desafios semelhantes nas duas frentes que lhe restam.
No contexto da eliminação, Felipão irá servir como o para raios que foi chamado a ser, um escudo de representatividade maior do que qualquer palmeirense em campo ou fora dele. Espera-se que a desilusão hoje sentida se reverta imediatamente em bons jogos contra o mesmo Cruzeiro e São Paulo pelo Brasileirão, e sobretudo, em desempenho muito melhor na hipotética semifinal da Libertadores contra o Boca Juniors. Cabe lembrar, que ainda há muitas taças em disputa, e não custa sonhar que a tríplice coroa ainda é alvo real.

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