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quinta-feira, 19 de julho de 2018

O reinício de um novo Palmeiras

Por Diego Aquino

Com o fim da Copa do Mundo, nesta quinta-feira, 19/07, às 20h, no estádio do Pacaembu, o Palmeiras retorna aos gramados pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro encarando o clássico contra o Santos, mandante da partida.
O ano, que se iniciou repleto de expectativas e investimentos, terá continuidade com mudanças importantes promovidas por Roger Machado no time titular, muito em virtude de desfalques por suspensão, lesão e perdas ocorridas na janela do meio da temporada.
Menos pelas perdas e mais pelas mudanças forçadas, o time que iniciará o confronto contra o Santos possui potencial, em teoria, para entregar à Roger algo que ele vem buscando com os jogadores desde os primeiros esboços do Palmeiras 2018: o controle do jogo.
Apesar de na primeira parte da temporada ter se destacado como um dos times que mais mantiveram a posse de bola ativa, o controle das ações do jogo sempre era apontado pela crítica como fator depreciativo do trabalho de Roger no comando técnico do Palmeiras. Jogos como o 2x2 contra o Ceará, 1x0 contra o Cruzeiro ou mesmo o 1x1 contra o Boca Juniors pela primeira fase da Libertadores, mostraram que o time, nas definições dos jogos, aparentava sofrer lapsos de concentração, em momentos defensivos criava espaços entre linhas, na retomada produzia erros de saída de bola (ocasionados também pela baixa mobilidade dos meias) e prendia os ponteiros deixando o ataque pouco flutuante na linha final adversária (não se atacava os espaços), deixando o time segmentado e extremamente distante.
Neste repaginado e talvez momentâneo Palmeiras, com ares caribenhos, sem os ponteiros Dudu por suspensão e Keno vendido, faz com que Roger coloque em campo a equipe postada em 4-2-2-1-1/4-2-3-1, com Felipe Melo e Bruno Henrique na cabeça de área, dois meias abertos em oposição, Hyoran pela esquerda na vaga de Dudu e Gustavo Scarpa na vaga deixada por Keno, e Lucas Lima de enganche procurando William no comando do ataque.


Crédito: Diego Aquino/Formação 4-2-3-1. 

Crédito: Diego Aquino/Formação 4-2-2-1-1.

A configuração sem ponteiros e com três meias faz com que o time ocupe melhor os espaços entre a linha de volantes e o enganche durante transição ofensiva, facilitando a saída de bola rápida por dentro, permitindo ao meia jogar às costas do volante adversário e em boa condição de encontrar o centroavante, e ainda abrindo o corredor aos laterais palmeirenses, que por vocação são extremamente ofensivos. Por outro lado, o jogo apoiado dos laterais é comprometido e o time perde a amplitude para balançar as linhas, que muito vezes vimos na primeira parte do ano com as viradas de Felipe Melo e Moisés.

Crédito: Diego Aquino/Momento ofensivo


No momento defensivo, os espaços centrais são melhores preenchidos (desde que Lucas Lima cumpra com sua função de “encostar” no volante de saída) promovendo a superioridade numérica no setor em boa parte do tempo, os zagueiros ficam menos expostos ao combate central e o cabeça de área afunda para a segunda cobertura em caso de quebra de linha pelo lado ou em caso de penetração no espaço vazio da área, o time ganha compactação quando precisa se defender no quarto de campo inicial. Por outro lado, a meia pressão dos meias Hyoran e Scarpa, pode gerar desequilíbrio pelos lados do campo, um problema quando se enfrentam ponteiros rápidos e habilidosos, situação esta que ocorrerá na partida de quinta com os santistas Bruno Henrique e Rodrygo jogando “em cima” de Marcos Rocha e Diogo Barbosa.

Crédito: Diego Aquino/Momento defensivo

Para este primeiro jogo da volta do campeonato brasileiro o Palmeiras deve ser mais reativo durante boa parte da partida, mas tentará, via pressão alta, abafar o Santos nos primeiros movimentos do jogo.
Também será atacado pelos lados principalmente com Bruno Henrique às costas de Marcos Rocha, obrigando a cobertura de Antônio Carlos. Em caso de cobertura malfeita, os espaços serão explorados por Gabriel. O mesmo pode ocorrer com maior perigo do lado de Diogo Barbosa, pois a cobertura no setor é de Edu Dracena (não mais tão ágil como outrora).
Ofensivamente, William procurará explorar a lentidão da defesa santista deslocando-se para o jogo suportado com Scarpa e Rocha abrindo espaço para as penetrações de Hyoran e do palmeirense Bruno Henrique.
No balanço de prós e contras da pausa forçada, o Palmeiras se sairá bem neste primeiro compromisso caso consiga alcançar o que tem buscado, o controle do jogo. 

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