Por Diego Aquino
Com o
fim da Copa do Mundo, nesta quinta-feira, 19/07, às 20h, no estádio do
Pacaembu, o Palmeiras retorna aos gramados pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro
encarando o clássico contra o Santos, mandante da partida.
O ano,
que se iniciou repleto de expectativas e investimentos, terá continuidade com
mudanças importantes promovidas por Roger Machado no time titular, muito em
virtude de desfalques por suspensão, lesão e perdas ocorridas na janela do meio
da temporada.
Menos pelas
perdas e mais pelas mudanças forçadas, o time que iniciará o confronto contra o
Santos possui potencial, em teoria, para entregar à Roger algo que ele vem
buscando com os jogadores desde os primeiros esboços do Palmeiras 2018: o
controle do jogo.
Apesar
de na primeira parte da temporada ter se destacado como um dos times que mais
mantiveram a posse de bola ativa, o controle das ações do jogo sempre era
apontado pela crítica como fator depreciativo do trabalho de Roger no comando
técnico do Palmeiras. Jogos como o 2x2 contra o Ceará, 1x0 contra o Cruzeiro ou
mesmo o 1x1 contra o Boca Juniors pela primeira fase da Libertadores, mostraram
que o time, nas definições dos jogos, aparentava sofrer lapsos de concentração,
em momentos defensivos criava espaços entre linhas, na retomada produzia erros
de saída de bola (ocasionados também pela baixa mobilidade dos meias) e prendia
os ponteiros deixando o ataque pouco flutuante na linha final adversária (não
se atacava os espaços), deixando o time segmentado e extremamente distante.
Neste repaginado e
talvez momentâneo Palmeiras, com ares caribenhos, sem os ponteiros Dudu por
suspensão e Keno vendido, faz com que Roger coloque em campo a equipe postada em
4-2-2-1-1/4-2-3-1, com Felipe Melo e Bruno Henrique na cabeça de área, dois
meias abertos em oposição, Hyoran pela esquerda na vaga de Dudu e Gustavo Scarpa
na vaga deixada por Keno, e Lucas Lima de enganche procurando William no
comando do ataque.![]() |
Crédito: Diego Aquino/Formação 4-2-3-1. |
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Crédito: Diego Aquino/Formação 4-2-2-1-1. |
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Crédito: Diego Aquino/Momento ofensivo |
No momento defensivo, os espaços centrais são melhores preenchidos
(desde que Lucas Lima cumpra com sua função de “encostar” no volante de saída)
promovendo a superioridade numérica no setor em boa parte do tempo, os
zagueiros ficam menos expostos ao combate central e o cabeça de área afunda
para a segunda cobertura em caso de quebra de linha pelo lado ou em caso de
penetração no espaço vazio da área, o time ganha compactação quando precisa se
defender no quarto de campo inicial. Por outro lado, a meia pressão dos meias
Hyoran e Scarpa, pode gerar desequilíbrio pelos lados do campo, um problema quando
se enfrentam ponteiros rápidos e habilidosos, situação esta que ocorrerá na partida de quinta com os santistas
Bruno Henrique e Rodrygo jogando “em cima” de Marcos Rocha e Diogo Barbosa.
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Crédito: Diego Aquino/Momento defensivo |
Para
este primeiro jogo da volta do campeonato brasileiro o Palmeiras deve ser mais
reativo durante boa parte da partida, mas tentará, via pressão alta, abafar o
Santos nos primeiros movimentos do jogo.
Também
será atacado pelos lados principalmente com Bruno Henrique às costas de Marcos
Rocha, obrigando a cobertura de Antônio Carlos. Em caso de cobertura malfeita,
os espaços serão explorados por Gabriel. O mesmo pode ocorrer com maior perigo
do lado de Diogo Barbosa, pois a cobertura no setor é de Edu Dracena (não mais
tão ágil como outrora).
Ofensivamente,
William procurará explorar a lentidão da defesa santista deslocando-se para o
jogo suportado com Scarpa e Rocha abrindo espaço para as penetrações de Hyoran
e do palmeirense Bruno Henrique.
No
balanço de prós e contras da pausa forçada, o Palmeiras se sairá bem neste
primeiro compromisso caso consiga alcançar o que tem buscado, o controle do
jogo.
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