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Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação |
Há exatos 12 meses, recebíamos o título de eneacampeões. Nove, um número um tanto quanto místico. Para a numerologia, representa o final de um ciclo. E que ciclo! Estávamos há 22 anos na famosa fila, mas o Brasileirão de 2016 devolveu o grito de campeão aos seus torcedores que nunca deixaram de cantar e vibrar nas arquibancadas por aí à fora.
Hoje, dia 27 de novembro de 2017, um ano desse grande acontecimento, relembramos com muita admiração o quanto o Palmeiras provou a sua imponência, mostrando que não é apenas um clube, mas sim uma nação em que o sangue que corre pelas veias é verde branco.
E para comemorar, o Portal Mais Palmeiras conversou com alguns torcedores que puderam contar como foi aquele bendito domingo em que o Verdão se consagrou nove vezes campeão. Confira:
Fernanda Bini, 22 anos
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Créditos: Fernanda Bini/ Arquivo Pessoal |
Então, no dia 27 fomos até lá. Como estava cheio de gente, fecharam a avenida. No começo do jogo estávamos bem tensas e com uma expectativa bem grande. Até que, aos 25 minutos do primeiro tempo, acontece o tão esperado gol. Estava chovendo um pouco, mas nada que pudesse atrapalhar nossa alegria naquele momento! As pessoas cantando o hino, soltando fogos e comemorando muito. Fim de primeiro tempo e o título em nossas mãos, dependendo apenas de nós. O segundo tempo começou e a festa continuou. No finalzinho do jogo, aí sim, pudemos soltar o grito de “É CAMPEÃO”, entalado desde 1994. Infelizmente não pude comemorar esse título no Allianz, mas com certeza, eu lembrarei desse dia para sempre!"
Alex Almeida, 29 anos
"No dia do nosso tão esperado eneacampeonato, o grupo de torcedores palmeirenses da minha cidade natal, Maribondo - AL , resolveu se reunir em um barzinho "ponto de encontro" de boa parte dos jogos do Verdão . Foi indescritível esta tarde. Parecia que todos tinham se teletransportado para o Allianz Parque, mesmo a milhares de quilômetros do local.
A praça da pequena cidade alagoana ganhou as cores verde e branco, ganhou uma voz que nunca se tinha ouvido antes e, em um único tom, entoava um coro típico e incomum: É campeão, é eneacampeão!!! Resumidamente, muita festa, muita confraternização e muita alegria, da qual, ainda me arrepio só em lembrar. Tudo isso culminou em uma enorme carreata pelas ruas da cidade. Algo jamais visto na história local. Uma festa protagonizada por um clube de futebol, o Palestra, o Palmeiras lá de São Paulo, mas que se transformou no Palmeiras de Maribondo, a mais de 2000 quilômetros de distância."
Lucas Gama, 26 anos
"Dia 27/11/2016, como esquecê-lo? Me recordo muito bem deste dia... Além da comemoração da festa surpresa para minha avó de 85 anos, também era o tão esperado jogo do título que com muitas custas consegui o ingresso. Nunca havia visto meu Palmeiras ser campeão no estádio e, então, não sabia para qual dos eventos estava mais ansioso!
Primeiramente, estive presente, por pouco tempo, na festa da minha avó. Claro que fui com a camisa do nosso Palestra, louco para, na verdade, ir ao jogo. Saindo da festa, fui ao Allianz Parque de metrô. O clima dos arredores do estádio estava lindíssimo. Arrepiava a emoção dos palmeirenses de todas as faixas etárias. Havia máscaras do Gabriel Jesus, pessoal trajando a calça vindo eternizada pelo Cuca... Apesar do clima, não me contive e quis logo adentrar ao Allianz para sentir a emoção de dentro do estádio.
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Créditos: Lucas Gama/ Arquivo Pessoal |
O jogo foi pegado. A Chape endureceu demais o jogo, apesar da partida pouco valer para ela, já que, logo após o duelo com o verdão, jogariam a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional de Medellín. E aos 25 minutos do primeiro tempo, o gol saiu do pé mais improvável: Fabiano (detalhe, nunca critiquei!). Após o gol, não houve moleza por parte da Chapecoense e, ao final, além da comemoração, ficou um clima de que torceríamos muito para eles na final da Sul-Americana.
A festa de comemoração do enea foi linda! O choro do Gabriel Jesus, já negociado com o Manchester City, também... “Glória Glória Aleluia é Gabriel Jesus!”.
Saí do estádio super feliz e voltei à festa, já encerrada, para dar um enorme beijo em minha avó! Mas, além da comemoração do título e de toda felicidade, o que mais me marcou desse jogo foi a despedida de um time de guerreiros da Chapecoense. Que Deus os tenham em bom lugar!"
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Arquivo Pessoal |
Mauro Ruy de Almeida, 26 anos
"O tempo, aquele a quem chamo de senhor da razão, coloca-se diante de mim para lembrar que, hoje, completa um ano do nosso eneacampeonato. 27/11/2016 será uma data que sempre que me perguntarem onde eu estava no dia em que o Palmeiras ergueu o Campeonato Brasileiro após 22 anos, a minha resposta será: "Eu estava lá, no Allianz Parque, no melhor lugar do mundo para se estar naquele dia."
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Créditos: Mauro Ruy de Almeida/ Arquivo Pessoal |
Para muitos era "apenas" mais um brasileiro...para mim era meu primeiro brasileiro. Sim, meu primeiro. Nasci em 1991, logo, não posso dizer que vi ou vivi o bicampeonato de 93/94. E no meu primeiro brasileiro, eu estava lá ao lado de outros 40.985 palmeirenses, representando uma nação de 16 milhões de almas que vibravam por mais essa conquista.
Antes do jogo, uma passada rápida no shopping ao lado do Allianz Parque para desfrutar, junto aos nossos irmãos palestrinos, os momentos que antecediam a partida derradeira e, a partir dali, iniciar a marcha que nos levaria à nossa casa. Já dentro do estádio, muito foram os momentos que ficarão para sempre em minha memória, como a emoção de pais e filhos que subiam as escadas com a certeza de que iriam compartilhar um grande momento em família. Mas, para mim, o momento mais especial e mais emocionante foi quando o telão começou a exibir o vídeo da Anna Luiza, filha do Moisés, com seus dois aninhos cantando o hino do Palmeiras. E, ao final do hino, quando ela entoou o "Palmeiras, Palmeiras...", foi exatamente o instante em que o time entrou em campo e a torcida fez subir o volume, fazendo ter a certeza de que, naquele dia, seríamos coroados com o título.
Antes do jogo, uma passada rápida no shopping ao lado do Allianz Parque para desfrutar, junto aos nossos irmãos palestrinos, os momentos que antecediam a partida derradeira e, a partir dali, iniciar a marcha que nos levaria à nossa casa. Já dentro do estádio, muito foram os momentos que ficarão para sempre em minha memória, como a emoção de pais e filhos que subiam as escadas com a certeza de que iriam compartilhar um grande momento em família. Mas, para mim, o momento mais especial e mais emocionante foi quando o telão começou a exibir o vídeo da Anna Luiza, filha do Moisés, com seus dois aninhos cantando o hino do Palmeiras. E, ao final do hino, quando ela entoou o "Palmeiras, Palmeiras...", foi exatamente o instante em que o time entrou em campo e a torcida fez subir o volume, fazendo ter a certeza de que, naquele dia, seríamos coroados com o título.
Aos 24 minutos do primeiro tempo, uma falta marcada a nosso favor no campo ofensivo e aquele comentário vindo do meu amigo Daniel quase como uma profecia: "o gol podia sair agora, pra dar uma tranquilizada". E em uma jogada meio ensaiada, meio improvisada surgiu o gol do enea fazendo vibrar toda uma nação em verde e branco.
Apesar do gol e da quase certeza da conquista, talvez ressabiados por 2009, o primeiro grito de "É campeão!!!" só ecoou aos 34 minutos do segundo tempo quando os alto-falantes da arena anunciaram o segundo gol sofrido por nosso concorrente direto no Maracanã. A partir daí, foram minutos de muita comemoração, felicidade compartilhada com todos aqueles que sabiam a importância daquele momento em nossa história. E enfim, chegou a hora de presenciar a volta olímpica que marcou o retorno do Palmeiras ao seu lugar de fato.
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Arquivo Pessoal |
PS: Impossível relembrar desse dia e não recordar dos guerreiros de Chapecó que lutaram bravamente naquele dia e engrandeceram nossa conquista e que, tristemente, nos deixaram no dia seguinte ao jogo, enquanto buscavam um sonhado título para sua história. Quando as imagens daquele dia retornam à nossa lembrança, fica difícil conter a emoção ao lembrar daqueles que não estão mais entre nós."
Eduardo Serrão, 26 anos
"Nesse dia estava em casa reunido com minha família, já vestido com o manto alviverde, esperando ansiosamente pelo jogo. Nos reunimos na sala de casa e lembro que o jogo foi meio difícil, principalmente, com os jogadores demonstrando ansiedade. A Chapecoense estava com muita vontade de jogar...
No final da partida, lembro que fizeram uma homenagem ao Jailson da Massa pelo excelente campeonato e a volta de Fernando Prass.
O apito final do jogo, foi uma festa só aqui! Comemoramos e gritamos: É Eneacampeão!"
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Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação |
Heyvson Brito, 26 anos
"Eu, como milhões de palmeirenses espalhados pelo mundo, e distantes do Allianz Parque, não fui ao estádio naquela tarde de Novembro. Assisti ao jogo no sofá, no apartamento da minha namorada Thalia. No ano anterior, tinha assistido a decisão da Copa do Brasil com ela, ocasião na qual nos sagramos campeões. Uma coisa é certa, ela me dá sorte, e se tudo der certo ao lado do meu amor, estaríamos a ver o Palmeiras ser campeão brasileiro pela primeira vez, já que em 1994, tinha apenas 3 anos de idade.
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Créditos: Heyvson Brito/ Arquivo Pessoal |
A partida estava árdua, eu começava a suar e ficar tenso e rubro, o que deveras sempre acontece em cada jogo do Palestra. Telepaticamente, tentava dar instruções técnicas ao time, como se fosse possível alguém me ouvir em São Paulo. Fechava os olhos nos momentos de agonia, respirava fundo quando estes passavam, roía as unhas, ou o que sobrara delas após um campeonato tão tenso, porém, o gol não saía. O tempo corria, 25 minutos se passaram, e nada do gol sair. Meu coração, sim, estava prestes a sair pela boca, até que no 26° minuto... Falta na intermediária para o Palmeiras, Dudu e Zé Roberto preparados para a cobrança, o árbitro apita para sinalizar a cobrança, Dudu rola a bola pro Zé Roberto que manda rasteiro para a entrada da área, em seguida, Gabriel Jesus faz o “corta-luz”, Moisés em um jogada de mestre, toca de letra e Fabiano Leismann manda por cobertura pro gol. Eu poderia tentar com palavras descrever a emoção que estive a sentir nesse momento, porém, a única coisa que posso dizer-lhes, caros leitores, é que não há palavras para descrever esse momento. Perdoem as minhas limitações, mas é que jamais senti tamanha emoção. O tão sonhado título estava a caminho! Abracei a minha namorada, a beijei e esbocei um belo sorriso, fechei os olhos por um instante, respirei fundo e beijei o escudo da Sociedade Esportiva Palmeiras estampado em minha camiseta.
O eneacampeonato brasileiro é um título inesquecível pra mim, e tenho certeza que para toda nação palmeirense, eu espero que venham muitas outras conquistas, mas essa sempre terá um lugar especial em meu coração, a emoção que senti naquela tarde é indescritível, estava ao lado da mulher que amo, vendo o time que amo ser campeão, é vero, a hora chegou, o Palmeiras conquistou seu nono campeonato brasileiro, a torcida palestrina fez uma grande festa, sacudiu a cidade, pintou o país de verde e branco, o grito entalado desde 1995, enfim, foi ecoado aos quatro ventos e alcançou cada coração alviverde que longe ou perto do time do coração, teve orgulho em poder gritar: É campeão!"
Igor Ribeiro, 24 anos
"Lembro muito bem que naquela semana eu estava louco para poder ir ao jogo, mas os ingressos já tinham sido vendidos bem antes de eu tentar comprar o meu, afinal, aquele dia, seria batido o recorde de público do estádio, com pouco mais de 40.900 torcedores. Então, o que me restou foi pegar aquela camisa da sorte e aquela famosa vuvuzela pra atazanar os arquirrivais corintianos e, não com menos empolgação, assistir de casa mesmo, com aquela angustia de depois de 22 anos ter a chance de gritar É CAMPEÃO... É CAMPEÃO... É CAMPEÃO...
Poucos dias antes desse jogo, havia assistido muitos vídeos de gols do Evair que tinha aquele faro fantástico e imaginava Gabriel Jesus balançando as redes. Assisti jogadas do Ademir da Guia que parecia jogar de terno de tanta elegância que conduzia a bola. Assisti as defesas de Marcos que, não por menos, recebeu o apelido de Santo pelos milagres que fez entre as três traves. Mas o mais importante é que eles todos carregavam o espírito de ser Palestra. Vestiam a camisa como nós torcedores a usamos como nossa segunda pele. Eu passei a semana só desejando que aquele time de 2016 entrasse em campo com a dedicação, raça e amor à camisa que os craques do passado vestiram o nosso manto.
Já com a bola rolando, meus dedos sem unhas, o coração a mil e perto dos 20 minutos do primeiro tempo o único que nunca iria imaginar que faria o gol do título, subiu mais que todo mundo na área e empurrou a bola para o fundo das redes. Fabiano, o ex Chapecoense.
Daí pra frente, foram minutos que mais pareciam horas para que o juiz apitasse o fim do jogo. E quando ele finalmente apitou, pude deixar aquela angústia de lado e gritar pra todo mundo que o Palmeiras é ENEACAMPEÃO BRASILEIRO."
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