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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

As lições e boas notícias de 2017 por um 2018 alviverde

Por Mauro Ruy de Almeida

Ao olhar para o ano de 2017, certamente, o palmeirense tem um sentimento de decepção e insatisfação pelos resultados muito aquém do esperado. Ninguém poderia imaginar que o Campeão Brasileiro de 2016, ainda mais reforçado, iria passar o último ano sem levantar um troféu sequer. Mas essa foi a nossa realidade! Três eliminações nas competições mata-mata e um vice-campeonato brasileiro sem qualquer motivo para celebração.

Créditos: Tossiro Neto / Globoesporte.com
No entanto, algumas lições ficaram para que alguns erros não se repitam neste novo ano. Posso elencar três situações que virão a ser decisivas para os nossos resultados neste 2018 que se inicia:
1) A definição do técnico: diferentemente do que ocorreu, visando a temporada 2018, a escolha do técnico na virada de 2016 para 2017 foi tardia. O clube acreditava na permanência do Cuca ao contrário do que o próprio treinador afirmava, e mostrou-se equivocado por escolher um técnico com um estilo completamente oposto ao do anterior.  Eduardo Baptista acreditava num esquema de transição difícil de ser implantado àquele elenco e carregava dois fardos muito pesados: a "natural" sombra do antecessor campeão brasileiro e o sobrenome Baptista, do qual o torcedor palmeirense não guarda boas recordações. Afinal, seu pai e também treinador, Nelsinho Baptista, não deixou muitas saudades pelos lados da Turiassú.
2)  A falta de alguém com respaldo interno pra coordenar um grupo com personalidades tão distintas: nitidamente, esse foi um problema que acompanhou o Palmeiras especialmente nos últimos meses. A ausência de uma pessoa com personalidade, conhecimento de vestiário e principalmente respeito dos jogadores para assegurar um grupo coeso e caminhando juntos pelos objetivos do grupo. A manutenção do Zé Roberto nessa função sinaliza que a própria diretoria detectou esse problema e buscou uma forma de solucionar para que tal erro não se repita.
3) Uma ansiedade além da conta do torcedor: sim, também temos nossa parcela de culpa nessa história. Com o título brasileiro e os reforços que foram contratados, era natural que a expectativa por títulos aumentasse, mas não poderia ser da forma como ocorreu. Aceitar a condição de favorito era parte do jogo, mas transformar isso em obrigação em um esporte tão sujeito a imprevistos como o futebol não foi positivo e nem faz parte da nossa história. Aparentemente, esse sentimento parece um pouco mais controlado para o ano que se inicia.
Além das lições acima, 2017 nos trouxe algumas ótimas notícias. E aqui cabe destacar dois pontos que ficaram um pouco à margem, mas que podem ser decisivos no médio e longo prazo:

1) A saúde financeira do clube: o processo de reestruturação financeira, pelo qual o clube vem passando desde 2013 e que já apresentou bons resultados em 2015 e 2016, com a nossa maior capacidade financeira de investimentos foi mantido em 2017, e os números são excelentes. Quase R$ 100 milhões da dívida com o Paulo Nobre foram pagos no último ano reduzindo a dívida pra valores próximos a R$ 30 milhões que devem ser liquidados ainda no primeiro trimestre de 2018. O clube elevou suas receitas para valores acima de R$ 500 milhões e apurou até Nov/2017 um superávit de R$ 56 milhões que, só não é maior, justamente porque o clube usou boa parte dos recursos para quitar suas dívidas antigas. E o mais importante, ao contrário do que muito se fala, o clube possui uma boa diversidade em suas fontes de receita, não sendo dependente de nenhuma delas, o que assegura ao clube uma maior estabilidade financeira no médio prazo.
 
Créditos: Palmeiras / Divulgação: Globoesporte.com

2) As divisões de base: um dos grandes problemas do Palmeiras sempre esteve relacionada ao baixo número de jogadores revelados na base. A reestruturação iniciada no segundo mandato do Paulo Nobre também começa a dar frutos e não falo apenas pelos expressivos resultados como os títulos sub-11, Sub-15 e sub-20, mas também pelo alto número de jogadores convocados para as seleções de base, especialmente, as seleções sub-15 e sub-17. Alguns jovens já começam a se destacar e ter seus nomes conhecidos pela imensa torcida palestrina, cabendo a ressalva do cuidado que se deve ter no momento de transição e integração ao time profissional.
Portanto, agora é o momento de termos tranquilidade e saber conduzir com calma todas as situações que venham a ocorrer neste ano. Somos, sem dúvidas, o time mais estruturado do Brasil, seja em termos de elenco, material humano, estrutura física, ou em termos de administração e situação financeira. O momento é de trabalharmos juntos para que tudo isso que ocorreu no último ano seja aproveitado positivamente em prol de um 2018 alviverde.

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